quarta-feira, 14 de novembro de 2012

RECIFE Bancada do PT sem pressa para decidir se apoia ou não Geraldo Julio Vereadores esticam decisão para dezembro, na esperança de lucrar com articulações da mesa diretora


Jurandir Liberal ainda não decidiu se vai apoiar Geraldo Julio
Foto: Clemilsom Campos/JC Imagem


Os cinco vereadores eleitos do PT para a próxima legislatura (2013-2016) na Câmara do Recife só definirão em dezembro o posicionamento da bancada em relação à futura gestão do socialista Geraldo Julio. O grupo, formado pelos reeleitos Jairo Britto, Jurandir Liberal, Luiz Eustáquio e Osmar Ricardo e por Henrique Leite, já iniciou conversas em separado e deve agendar para os próximos dias uma reunião em conjunto. Múcio Magalhães e Josenildo Sinésio, que não alcançaram um novo mandato, ficarão de fora das tratativas.

Todavia, há uma tendência pela adesão à base aliada. Nos bastidores, apenas Jurandir Liberal, atual presidente da Casa de José Mariano, estaria defendendo uma postura independente em relação à Prefeitura, posição equivalente à do senador Humberto Costa e do deputado federal João Paulo, que compuseram a chapa majoritária do PT que saiu derrotada nas eleições de outubro.

Na segunda-feira (12), durante comemoração de seu aniversário de 60 anos, João Paulo tornou a defender a independência. O discurso, ao menos aparentemente, agradaria a alguns militantes, mas não aos vereadores. “Temos tido conversas pelos corredores da Câmara. Há posicionamentos individuais. Estamos marcando essa reunião de bancada para discutir isso, para irmos amadurecendo a decisão”, explica Luiz Eustáquio.

Prorrogar a decisão para dezembro também faz parte de uma estratégia do PT. Diante da incerteza quanto à composição da mesa diretora da Câmara, retardar o anúncio de seu posicionamento permite que a referida sigla ganhe poder na negociação do parlamento municipal. Os petistas interpretam que a base do prefeito eleito Geraldo Julio – formada por 14 partidos, que elegeram ao todo 24 dos 39 vereadores, sem contabilizar as adesões posteriores ao pleito – tem uma expressiva quantidade de novatos, o que estaria causando dificuldades para fechar um acordo que contemple a todas as forças.

O sofrimento da base é para encontrar nomes que preencham os cinco postos essenciais da Casa: a presidência, a primeira secretaria, a liderança do governo e o comando das comissões de Legislação e Justiça e de Finanças e Orçamento. Como o PT possui a segunda maior bancada, com um vereador a menos que o PSB, a tendência é que os petistas aguardem o desenrolar das negociações governistas para só então anunciarem a postura escolhida.

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