Jurandir Liberal ainda não decidiu se vai apoiar Geraldo Julio
Foto: Clemilsom Campos/JC Imagem
Os cinco vereadores eleitos do PT para a próxima legislatura (2013-2016) na Câmara do Recife só definirão em dezembro o posicionamento da bancada em relação à futura gestão do socialista Geraldo Julio. O grupo, formado pelos reeleitos Jairo Britto, Jurandir Liberal, Luiz Eustáquio e Osmar Ricardo e por Henrique Leite, já iniciou conversas em separado e deve agendar para os próximos dias uma reunião em conjunto. Múcio Magalhães e Josenildo Sinésio, que não alcançaram um novo mandato, ficarão de fora das tratativas.
Todavia, há uma tendência pela adesão à base aliada. Nos bastidores, apenas Jurandir Liberal, atual presidente da Casa de José Mariano, estaria defendendo uma postura independente em relação à Prefeitura, posição equivalente à do senador Humberto Costa e do deputado federal João Paulo, que compuseram a chapa majoritária do PT que saiu derrotada nas eleições de outubro.
Na segunda-feira (12), durante comemoração de seu aniversário de 60 anos, João Paulo tornou a defender a independência. O discurso, ao menos aparentemente, agradaria a alguns militantes, mas não aos vereadores. “Temos tido conversas pelos corredores da Câmara. Há posicionamentos individuais. Estamos marcando essa reunião de bancada para discutir isso, para irmos amadurecendo a decisão”, explica Luiz Eustáquio.
Prorrogar a decisão para dezembro também faz parte de uma estratégia do PT. Diante da incerteza quanto à composição da mesa diretora da Câmara, retardar o anúncio de seu posicionamento permite que a referida sigla ganhe poder na negociação do parlamento municipal. Os petistas interpretam que a base do prefeito eleito Geraldo Julio – formada por 14 partidos, que elegeram ao todo 24 dos 39 vereadores, sem contabilizar as adesões posteriores ao pleito – tem uma expressiva quantidade de novatos, o que estaria causando dificuldades para fechar um acordo que contemple a todas as forças.
O sofrimento da base é para encontrar nomes que preencham os cinco postos essenciais da Casa: a presidência, a primeira secretaria, a liderança do governo e o comando das comissões de Legislação e Justiça e de Finanças e Orçamento. Como o PT possui a segunda maior bancada, com um vereador a menos que o PSB, a tendência é que os petistas aguardem o desenrolar das negociações governistas para só então anunciarem a postura escolhida.
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