terça-feira, 5 de março de 2013

Após Eduardo criticar desigualdades regionais, FBC sai em defesa de Dilma


Foto: reprodução

No Jornal do Commercio desta terça-feira

Após o presidente de seu partido, o governador Eduardo Campos (PSB-PE), criticar as desigualdades regionais no País, o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, disse que o governo da presidente Dilma Rousseff tem compromisso com o crescimento do Nordeste. A defesa do governo petista ocorre depois que se espalhou um rumor de que Bezerra estaria sendo cortejado pelo PT.

Em nota, o ministro mostrou-se indignado com a especulação de que deixaria o PSB. Ontem, Bezerra participou ao lado de Dilma, em Itatuba (111 quilômetros de João Pessoa), da cerimônia de assinatura de ordem de serviço para a construção do segundo trecho de um canal que, a partir de 2015, deve levar água para 590 mil famílias. A obra está orçada em R$ 956 milhões.

Em um discurso inflamado, Fernando Bezerra disse que "nunca antes na história do Nordeste" se alocou tanta verba para obras hídricas. São R$ 22 bilhões, segundo o ministro. "É dinheiro para equilibrar essa nação que ainda é tão desequilibrada, mas que tem uma presidente muito determinada, que trabalha determinada a não deixar que essa seca possa puxar o Nordeste para trás", disse.

Bezerra ainda saiu em defesa dos dez anos de gestão petista no Planalto. "Quem botou o Nordeste para frente foi o governo de Lula e o governo de Dilma. Manter o Nordeste na dianteira do crescimento econômico é compromisso deste governo", afirmou.

Outro socialista que saiu em defesa do governo foi o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). Ele rebateu as críticas de que o governo federal faz apenas obras emergenciais para combater a seca na região. "É um governo que investe na assistência, na emergência e também em obras estruturantes", disse Coutinho.

"FAZER O DIABO"

Em seu discurso, Dilma também rebateu críticas, mas não sem antes fazer afagos nos socialistas que falaram antes dela. Referiu-se a Coutinho como o "meu governador da Paraíba" e ao ministro como "o nosso querido Fernando Bezerra Coelho". "(Fernando Bezerra) tem na alma a convicção de que nós temos que fazer aqui muito mais do que fazemos em todos os outros lugares, porque durante muito tempo o Nordeste ficou esquecido", disse Dilma.

A presidente também disse que seu governo "respeita os políticos de partidos adversários, apesar das paixões eleitorais". E, em clima de campanha, disse que na hora da eleição se pode "fazer o diabo".

"Nós podemos disputar eleição, nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo. Quando é a hora da eleição. Agora, quando a gente está no exercício do mandato, nós temos que nos respeitar, porque fomos eleitos pelo voto direto do povo brasileiro", disse Dilma, durante cerimônia.

Em um discurso de 32 minutos, com direito a tchauzinhos para a plateia, a presidente citou seu antecessor no cargo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela contou um causo envolvendo Lula para explicar o motivo de ambos os benefícios serem concedido às mulheres. "O presidente Lula disse o seguinte: se não for assim, vai aumentar o consumo de cerveja. (Já) a mulher vai dar (o dinheiro do benefício) para o filho", disse Dilma, aos risos.


http://mais.uol.com.br/view/14309523

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