quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Ainda dá tempo alugar casa em Olinda para o carnaval. Confira as dicas

Todo ano a relações públicas Tereza Santos deixa a casa dela em Olinda para alugar para grupos de de foliões. Foto: Bernardo Dantas/ DP/ D.A Press
Todo ano a relações públicas Tereza Santos deixa a casa dela em Olinda para alugar para grupos de de foliões. Foto: Bernardo Dantas/ DP/ D.A Press

A pouco menos de dois meses para o carnaval, o mercado de aluguéis de casas em Olinda continua aquecido. Apesar de muitos foliões se programarem até um ano antes para passar a temporada no foco da folia, ainda é possível encontrar imóveis disponíveis em ruas de bairros como Carmo, Varadouro e Bairro Novo. Mesmo não ficando tão no centro das ruas por onde passam os principais blocos, a oferta garante preços mais razoáveis, que variam de R$ 3 mil a R$ 5 mil. Mas seja a longo prazo ou de última hora, o importante é não abrir mão da vistoria do imóvel.

Há 20 anos a relações públicas Tereza Santos, 39, deixa a sua casa para dar espaço a cerca de 20 foliões que passam a temporada na residência localizada na rua 27 de janeiro. De todos os móveis e eletrodomésticos, ela só deixa mesmo a geladeira e o fogão para ficar o período de carnaval na casa de parentes. Ela afirma que o dinheiro do aluguel ajuda a manter o imóvel. “A gente gasta muito mais se trouxer familiares porque tem todo o custo com água e energia, então resolvi alugar. Não tenho muitas restrições. Já vieram tanto grupos de amigos, como famílias inteiras. A casa precisa de manutenção e tudo é muito caro. Então, depois invisto o aluguel no próprio imóvel”, justifica.

Assim como a relações públicas, o autônomo Carlos Domênico, 53 anos, aluga por temporada as casas que possui na parte baixa de Olinda. Na época de carnaval ele chega a negociar cerca de 20 imóveis, dele e de terceiros, que podem custar até 15 mil. “Alguns amigos também me procuram porque não querem ter trabalho, nem colocar placa na casa, e como eu já tenho contato com os grupos que procuram casas todos os anos, fica mais fácil negociar. Já aluguei para pessoas de outros estados, como São Paulo e Rio Grande do Norte. Mas também existe procura de Pernambuco e até de moradores de bairros da Região Metropolitana, como Boa Viagem”, afirma Carlos.

Nos principais corredores, como as ruas do Bonfim, São Bento, Amparo e 27 de janeiro, os preços variam de R$ 15 a R$ 20 mil, dependendo do tamanho e, principalmente, da localização. Essas ruas, porém, praticamente não têm mais imóveis disponíveis nesta época do ano. Já não se encontram mais placas de aluguéis, o que representa uma oportunidade para quem tem casa na parte baixa da cidade. 

Esta casa na Rua 27 de Janeiro recebe grupos de até 40 pessoas. O preço é salgado: pode chegar a até R$ 70 mil. Foto: Bernardo Dantas/ DP/ D.A Press
Esta casa na Rua 27 de Janeiro recebe grupos de até 40 pessoas. O preço é salgado: pode chegar a até R$ 70 mil. Foto: Bernardo Dantas/ DP/ D.A Press

Pelo quinto ano, o autônomo Thiago Moura, de 25 anos, sai de Aracaju e vem passar o carnaval em Olinda. Ele afirma que houve pouca alteração nos preços deste ano. “Alugo sempre duas casas para um grupo de 80 pessoas e fazemos um pacote geral com transporte e bebida. Antes eu procuro saber a localização para organizar toda a logística, para organizar questões como segurança, limpeza e personalização. Os valores estão sempre entre R$ 10 e R$13 mil e neste ano houve apenas um pequeno aumento que não chega nem a 10%”, diz.

A cada ano, as formas mais tradicionais de negociação dão espaço aos sites e às redes sociais. Uma maneira mais fácil e barata de divulgação, tanto para quem aluga, quanto para quem negocia imóveis. Ao todo, existem cerca de cinco grupos e páginas no Facebook que divulgam aluguéis para temporada em Olinda. Sites como Lugar Certo, OLX e Bom Negócio também são alternativas para quem busca ou pretende anunciar. 

Para o carnaval de 2014, o aumento dos preços foi considerado baixo, ficando abaixo dos 10%. Localizada na rua de São Bento, esta casa recebe até 20 pessoas e o aluguel custa cerca de R$20 mil. Foto: Bernardo Dantas/ DP/ D.A Press
Para o carnaval de 2014, o aumento dos preços foi considerado baixo, ficando abaixo dos 10%. Localizada na rua de São Bento, esta casa recebe até 20 pessoas e o aluguel custa cerca de R$20 mil. Foto: Bernardo Dantas/ DP/ D.A Press

Contratos - Antes de fechar negócio, Thiago Moura faz uma busca para garantir as melhores casa por um bom preço. E isso tem que ser feito com bastante antecedência. "Em outubro nós começamos a nos organizar e a principal busca é através das redes sociais. Existem páginas que anunciam e isso facilita a procura pelos melhores preços e casas", conta.

No entanto, o negócio pela internet exige cautela, pois muito daquilo que é anunciado pode se tratar de propaganda enganosa. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Petrus Mendonça, a principal opção é fazer uma vistoria ou também contratar um corretor. “Já aconteceram casos em que houve o pagamento adiantado e o imóvel nem existia. Então é importante visitar o imóvel antes de contratar, caso não seja possível, o indicado é contratar um corretor para não se surpreender depois. E nessa visita é interessante procurar ver se o que está no contrato está realmente funcionando”, diz.

No momento de assinar os papéis, a atenção deve ser dobrada, pois, na maioria dos casos, os imóveis são alugados para grupos e é indicado que mais de uma pessoa fique como responsável. “O contrato prevê obrigações e deveres e o ideal é que seja feio por escrito envolvendo mais de uma pessoa. Geralmente esses grupos tem um líder, então seria essa pessoa e mais alguém que pudesse ser o fiador. Para as famílias, poderia ser escolhido um representante ou um casal de membros”, sugere Mendonça.

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