sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Após ataque do PT pelo Facebook, Marina cobra campanha limpa na Interne

Foto: José Cruz/ABr
Dez dias depois de um artigo com críticas severas ao governador Eduardo Campos (PSB) ser postado na página oficial do PT no Facebook, a ex-senadora Marina Silva aproveitou o seu artigo semanal na Folha de São Paulo para cobrar uma campanha limpa na Internet. ”No Acre, pelos idos dos anos 90, criamos uma ‘campanha de limpeza da campanha’ para combater a baixaria. Precisamos de uma assim, no Brasil”, defende no texto.
Marina, que se filiou ao PSB no dia 5 de outubro e deve ser vice de Campos na disputa pela Presidência da República contra a petista Dilma Rousseff, não cita diretamente a nota do PT, mas critica a existência de calúnias, difamações e injúrias na Internet. No mesmo texto que trata o governador pernambucano como “tolo” e “playboy mimado”, Marina é chamada de “ovo da serpente”.
“Não bastassem a indústria dos dossiês, as notinhas maldosas nos jornais e as ‘reportagens’ encomendadas para expor fraquezas reais ou inventadas, temos agora a guerrilha virtual que cria territórios inóspitos na internet. Calúnia, difamação, injúria e ofensas formam uma espécie de enxurrada que arrasta o Brasil para o atraso onde prosperam várias modalidades de protofascismo”, ataca a ex-senadora.
No artigo, Marina pede ainda que os dirigentes partidários assumam a responsabilidade pela ação de seus “companheiros”. A postagem no Facebook do PT não foi assinada e o partido não divulgou o nome do autor, mas o vice-presidente da legenda, Alberto Cantalice, admitiu ter autorizado a publicação. Após a polêmica, a Direção da sigla redobrou o controle sobre as redes sociais e afirmou que textos terão que passar pelo crivo do presidente nacional do partido, Rui Falcão.
Ministra do Meio Ambiente no primeiro mandato do ex-presidente Lula, Marina lembrou ainda que o líder petista já teve que enfrentar críticas desse gênero antes de chegar ao Planalto. ”Lembro de antigas campanhas, com Lula e o PT enfrentando calúnias e preconceitos em boatos, panfletos apócrifos e pichações nos muros”, registrou.
A ex-senadora pede ainda que o PSB não use da mesma estratégia para rebater os ataques. ”Nada de ‘responder na mesma altura’, quer dizer, na mesma baixeza. O foco deve estar nas ideias e propostas”, defendeu.
Leia o artigo abaixo:
Campanha de limpeza
É intolerável a situação que vivemos em anos eleitorais, marcados por uma degradante agressão verbal contra candidatos e lideranças políticas. Não bastassem a indústria dos dossiês, as notinhas maldosas nos jornais e as “reportagens” encomendadas para expor fraquezas reais ou inventadas, temos agora a guerrilha virtual que cria territórios inóspitos na internet. Calúnia, difamação, injúria e ofensas formam uma espécie de enxurrada que arrasta o Brasil para o atraso onde prosperam várias modalidades de protofascismo.
Todos sabemos quem são os responsáveis por essa guerra. Eles estão na direção dos partidos mais poderosos, cujos militantes, geralmente remunerados, seguem sua pauta e comando no ataque aos alvos definidos. E chamam isso de tática e estratégia numa disputa supostamente ideológica entre esquerda e direita. Continue lendo 

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