Governador vai organizar agenda para ouvir aliados. Foto: Aluiso Moreira/SEI |
A lista de pendências inclui, ainda, uma reunião com a cúpula socialista para definição do lançamento de sua candidatura à Presidência da República. Em função da importância do tema para o PSB, o encontro acontecerá desta vez no Recife, na próxima segunda-feira. Também está agendada uma reunião no dia 30 deste mês, em São Paulo, com a ex-senadora Marina Silva e a cúpula da Rede Solidariedade para apresentar as diretrizes do programa presidencial de governo.
Ao desembarcar no Recife, o governador seguiu direto para a casa de veraneio da família em Candeias. Apesar da aparente “reclusão”, a expectativa é que o socialista aproveite o fim de semana para acelerar o agendamento de conversas com os partidos aliados e com os caciques do PSB. “Para tornar pública sua decisão, o governador terá que aparar muitas arestas internas e construir uma maioria consistente (com o PSB e partidos da base) para que a campanha do seu sucessor seja feita com tranquilidade”, informou um governista em reserva.
Dificuldade
Uma das tarefas mais difíceis nesse momento é convencer João Lyra (PSB) a abrir mão da disputa sem deixar mágoa e também contemplar o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, que tem circulado com o aval do governador para cacifar seu nome. A preocupação maior reside no fato do vice-governador ter, a partir da desincompatibilização de Eduardo, o “poder da caneta” até a eleição.
O afunilamento em torno dos potenciais candidatos ao governo do estado só fez aumentar o caldeirão de expectativas no PSB. “Está uma coisa sem controle. Não vejo ninguém entre os nomes recentemente cotados com voto ou história política, nem trajetória de eleição. O debate está sendo travado entre assessores diretos”, afirmou um socialista em reserva.
Saiba mais
Confira os três pontos que precisarão ser equacionados pelo governador antes de se lançar como candidato a presidente
Programa
Depois de colocar a disputa presidencial como prioridade, o governador estabeleceu como meta definir com a Rede até o fim do mês a formatação programática. Para isso, terá encontro com a cúpula do PSB, no dia 20, e com dirigentes da Rede, no dia 30
Pernambuco
Com uma vaga e muitos pretendentes (Tadeu Alencar, da Casa Civil; Paulo Câmara, da Fazenda; João Lyra Neto, vice-governador, e Fernando Bezerra, ex-ministro), Eduardo pediu para o grupo conter a ansiedade e deve ouvir os partidos aliados
Alianças estaduais
Com dificuldades de entendimento com a Rede em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Eduardo Campos deixou para fevereiro a discussão sobre as sucessões estaduais.Ele diz que já há consenso em 20 estados
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