sábado, 18 de janeiro de 2014

Eduardo Campos com pendências políticas para resolver

Governador vai organizar agenda para ouvir aliados. Foto: Aluiso Moreira/SEI
Governador vai organizar agenda para ouvir aliados. Foto: Aluiso Moreira/SEI
O governador Eduardo Campos (PSB) desembarcou ontem no Recife após receber do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) dois prêmios por boas práticas de seu governo trazendo na “bagagem” de presidenciável e condutor do processo sucessório no estado uma série de pendências políticas. Depois de determinar o fim das especulações dentro do seu partido em função da “elevação da temperatura”, por conta da bolsa de apostas em torno do potencial candidato ao governo estadual, Eduardo vai montar uma agenda para ouvir os partidos aliados antes de anunciar o escolhido para a sucessão.

A lista de pendências inclui, ainda, uma reunião com a cúpula socialista para definição do lançamento de sua candidatura à Presidência da República. Em função da importância do tema para o PSB, o encontro acontecerá desta vez no Recife, na próxima segunda-feira. Também está agendada uma reunião no dia 30 deste mês, em São Paulo, com a ex-senadora Marina Silva e a cúpula da Rede Solidariedade para apresentar as diretrizes do programa presidencial de governo.

Ao desembarcar no Recife, o governador seguiu direto para a casa de veraneio da família em Candeias. Apesar da aparente “reclusão”, a expectativa é que o socialista aproveite o fim de semana para acelerar o agendamento de conversas com os partidos aliados e com os caciques do PSB. “Para tornar pública sua decisão, o governador terá que aparar muitas arestas internas e construir uma maioria consistente (com o PSB e partidos da base) para que a campanha do seu sucessor seja feita com tranquilidade”, informou um governista em reserva.

Dificuldade
Uma das tarefas mais difíceis nesse momento é convencer João Lyra (PSB) a abrir mão da disputa sem deixar mágoa e também contemplar o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, que tem circulado com o aval do governador para cacifar seu nome. A preocupação maior reside no fato do vice-governador ter, a partir da desincompatibilização de Eduardo, o “poder da caneta” até a eleição.

O afunilamento em torno dos potenciais candidatos ao governo do estado só fez aumentar o caldeirão de expectativas no PSB. “Está uma coisa sem controle. Não vejo ninguém entre os nomes recentemente cotados com voto ou história política, nem trajetória de eleição. O debate está sendo travado entre assessores diretos”, afirmou um socialista em reserva.

Saiba mais

Confira os três pontos que precisarão ser equacionados pelo governador antes de se lançar como candidato a presidente

Programa 
Depois de colocar a disputa presidencial como prioridade, o governador estabeleceu como meta definir com a Rede até o fim do mês a formatação programática. Para isso, terá encontro com a cúpula do PSB, no dia 20, e com dirigentes da Rede, no dia 30

Pernambuco
Com uma vaga e muitos pretendentes (Tadeu Alencar, da Casa Civil; Paulo Câmara, da Fazenda; João Lyra Neto, vice-governador, e Fernando Bezerra, ex-ministro), Eduardo pediu para o grupo conter a ansiedade e deve ouvir os partidos aliados

Alianças estaduais
Com dificuldades de entendimento com a Rede em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Eduardo Campos deixou para fevereiro a discussão sobre as sucessões estaduais.Ele diz que já há consenso em 20 estados

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