quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Provocações e polêmicas no último debate entre presidenciáveis

O último debate presidencial das eleições 2014, da Rede Globo, realizado nesta quinta-feira (2), começou com uma pergunta sobre o escândalo da Petrobras. Temas como homofobia e criminalização das drogas também foram tratados pelos candidatos. Participam do programa a presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa a reeleição, o senador Aécio Neves (PSDB), a ex-senadora Marina Silva (PSB), Levi Fidelix ( PRTB), Luciana Genro (PSol), o senador Eduardo Jorge (PV) e o deputado Pastor Everaldo (PSC). Chamou a atenção o formato do programa. Os candidatos que fazem e respondem às perguntas indo ao centro do palco e ficando frente à frente.

O primeiro bloco de perguntas, com temas livres, começou com Luciana Genro questionando Dilma Rousseff se o escândalo da Petrobras é resultado das alianças "da direita" com seu governo. Dilma se defendeu informando que propôs fiscalizações, investigações, confisco de bens para servidores e celeridade no julgamento. "Todas essas propostas visam acabar com a impunidade. Eu demiti o ex-diretor da estatal (Paulo Roberto Costa) e permiti que tivesse a investigação", disse a petista. Ela também considerou "há corruptos em todos os lugares, mas o importante é fiscalizar" e que a abertura de investigações é "uma característica" do governo dela. "Não acredito que tem ninguém acima de corrupção", disse a presidente à Luciana Genro. 

O segundo a ser chamado pelo mediador Willian Bonner, Pastor Everaldo questionou Aécio Neves sobre as estatais estarem a serviço do governo federal. Aécio entrou nesta quinta-feira (2) com uma ação de investigação sobre o suposto boicote da distribuição de material de campanha tucana pelos Correios.  Aécio provocou Dilma. Disse que ela não tinha o direito de responder naquele momento, afirmando que ela mentiu por não ter demitido o ex-diretor da Petrobras. "A ata do conselho consta que Paulo Roberto renunciou e não que foi demitido. Ainda houve cumprimentos pelos excelentes serviços prestados", disse Aécio que ainda defendeu Marina Silva, com quem disputa o segundo lugar nas intenções de votos, da campanha do PT que segundo ele tem sofrido grandes acusações. 


A cortesia de Aécio com Marina Silva acabou na pergunta seguinte, quando o tucano se dirigiu à socialista. Reclamou da tentativa dela de impedir o programa eleitoral tucano só por ele lembrar a população que ela passou 24 anos no PT. "É essa a sua nova política? ", questionou Aécio. Marina rebateu, afirmou que o fato de ter sido filiada ao PT não significa dizer que concordava com todas as ações. Saí do PT porque não concordava com ele, nunca vi o senhor fazer uma crítica ao mensalão mineiro. O candidato tucano destacou que o mensalão do PSDB nunca foi comprovado. 

Dilma escolheu perguntar a Eduardo Jorge sobre o Pronatec, que ela considera uma das grandes conquistas de seu governo. Não houve ataques. Ele salientou que é preciso melhorar a qualidade de ensino e o salário dos professores, que atualmente é apenas dois salários mínimos. A petista defendeu que enviou ao Congresso o projeto para destinar um percentual dos royalties do Petróleo para a Educação. Eduardo Jorge disse que não acredita nesse repasse e falou sobre a poluição ao planeta.

Na vez de Marina, ela escolheu perguntar ao Pastor Everaldo sobre o Bolsa Família. Ele disse que foi o precursor deste modelo de ajuda social quando implantou o "cheque-cidadão" no Rio de Janeiro. Disse que poderá aprimorar caso seja eleito. Marina garantiu que ampliará o programa, porque o considera importante. Pastor Everaldo disse, que em um possível governo dele, "nenhum brasileiro passará fome".

O clima pesou quando o sempre calmo Eduardo Jorge propôs que Levy Fidelix pedisse perdão pelo que falou no debate passado (sobre dois iguais não reproduzirem). Fidelix disse que Eduardo Jorge não tinha moral para pedir nada, porque o candidato verde aconselharia os jovens a fumar maconha e citou a Constituição para definir que a posição cristã é que o casal é composto por um homem e uma mulher. "O senhor envergonhou o Brasil", retrucou Eduardo Jorge. Fidelix rebateu: "quem envergonha é você ao fazer apologia à morte, mandando meninas para clinicas de aborto".

Fidelix escolheu o embate com Luciana Genro e denunciou a tabelinha que ela pediu no debate da TV Clube/Record e não teve palavra para cumprir. Nervosa, Luciana desmentiu e disse que ele deveria sair algemado pela homofobia que teria praticado. Ele respondeu, dizendo que não estimulou violência e tem o direito de se expressar. O clima esquentou nas provocações. Luciana rebateu que a bandeira do PSol é a da tolerância
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