O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo mandou suspender a exibição de inserções da propaganda partidária do PSB. A causa da punição é sui generis: o partido do presidenciável Eduardo Campos é acusado de promover ilegalmente a imagem do governador paulista Geraldo Alckmin, filiado ao PSDB de Aécio Neves. A decisão é liminar (provisória) e está sujeita a recurso.
A providência foi adotada a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo. O órgão enxergou em peças veiculadas pelo PSB no dia 25 de outubro uma exaltação das qualidades de Alckmin, o que seria ilegal. Pela lei, a propaganda partidária serve para difundir o programa e o ideário da legenda. Requereu-se a liminar porque o filmete seria reprisado nos dias subsequentes.
Os vídeos que a Justiça Eleitoral vetou exibem entrevistas com eleitores nas ruas de São Paulo. Eles enaltecem a “seriedade” de Alckmin. Ao final, o deputado Márcio França, presidente estadual do PSB, arremata: “O PSB só faz parte de governo sério. É por isso que, em São Paulo, nós estamos no governo Geraldo Alckmin.”
O partido de Campos apoia a gestão Alckmin na Assembléia Legislativa. No Executivo estadual, ocupa a pasta do Turismo. Márcio França defende que a legenda renove o apoio a Alckmin na disputa de 2014, indicando o candidato a vice –que poderia ser ele próprio.
Além da suspensão das peças em que o PSB enaltece Alckmin, a Procuradoria Eleitoral requereu na petição ao TRE o corte de cinco minutos no tempo de propaganda a que o PSB teria direito no primeiro semestre do ano eleitoral de 2014. Se o tribunal acatar o pedido, o afago do PSB em Alckmin sairá caro.
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